quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Do que Nada se Sabe

A lua ignora que é tranquila e clara
E não pode sequer saber que é lua;
A areia, que é a areia. Não há uma
Coisa que saiba que sua forma é rara.
As peças de marfim são tão alheias
Ao abstracto xadrez como essa mão
Que as rege. Talvez o destino humano
Breve alegria e longas odisseias,
Seja instrumento de Outro. Ignoramos;
Dar-lhe o nome de Deus não nos conforta.
Em vão também o medo, a angústia, a absorta
E truncada oração que iniciamos.
Que arco terá então lançado a seta
Que eu sou? Que cume pode ser a meta?

Jorge Luis Borges,
in "A Rosa Profunda"

1 comentário:

Suh disse...

Olá Professora!
Tudo bem?

Já há muito que não a vejo, que saudades das aulinhas de português.
O tempo passa a voar com a rapidez que lhe é característica. Somos meros espectadores do tempo pois não lhe podemos tocar apenas assistir ao seu esvoaçar.

Gostei do poema, é bem bonito. ^^

Já não sei ao tempo que não vinha para estes lados. E então lembrei-me em vir ver se ainda mantinha o blog e mantem. Os blogues já não estão tão presentes como em tempos. Agora é no papel e em documentos do Word onde me expresso. Mas, também não tenho escrito por aí além. Escrevo uma coisinha aqui, outra ali. Enfim.
No entanto tenho uma quase autobiografia que gostaria que a Professora desse a sua opinião, se poder e quiser, claro. Não quero exigir nada a ninguém. ^^

Deixo aqui o meu email para a professora responder, se quiser, é que não venho à blogsfera muita assiduamente.

suh92@hotmail.com

Um Beijo,
Soraia Lázaro (Espero que ainda se lembre de mim ^^)