terça-feira, 27 de maio de 2008

Nó Górdio

Ouvimos muitas vezes a expressão "nó górdio" como sinónimo de dificuldade insuperável ou problema de difícil resolução, mas ...
vamos aos factos:
Conta a lenda que o rei da Frígia (hoje Anatólia, na actual Turquia) morreu sem deixar herdeiro e que, consultado o Oráculo, este profetizou que o próximo rei chegaria à cidade montado num carro de bois.
A profecia foi cumprida por um camponês, de nome Górdio, que foi imediatamente coroado. Para não esquecer o seu passado humilde, ele colocou a carroça no templo de Zeus e amarrou-a com um nó especial a uma coluna do templo, de tal forma que foi impossível desatá-la.
Górdio reinou por muito tempo e, quando morreu, seu filho Midas assumiu o trono. Midas expandiu o império, tornou-se muito rico, mas morreu também sem deixar herdeiros.
O Oráculo foi consultado novamente e declarou que quem desatasse o nó górdio dominaria toda a Ásia Menor.
Passaram-se alguns séculos sem ninguém conseguir desatar o nó, apesar de inúmeras tentativas. Até ao dia em que Alexandre, o Grande, (em 333 a.C) ao passar pela Frígia, ouviu a lenda e intrigado, foi até ao templo de Zeus observar de perto o célebre nó de Górdio. Ficou longo tempo em silêncio e depois de muito pensar, desembainhou a espada e, com um golpe, cortou o nó. O facto é que, tal como profetizou o Oráculo, Alexandre tornou-se, em poucos anos, senhor de toda a Ásia Menor.
Desde então, a expressão "cortar o nó górdio" significa
resolver um problema complexo, de maneira simples mas eficaz.

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